Missionários
Claretianos Brasil

Necrologium Claretianum

Padre Raimundo Castillón Pardina

29/03/1976 (91 anos)

Goiânia, GO, Brasil

Goiânia, GO, Brasil

Pe. RAIMUNDO CASTILLÓN PARDINA  (1976)

                                

Nascimento: 29 de janeiro de 1885

Localidade: Naval (Huesca) Diocese de Barbastro

Pais: Sr. Raimundo e Sra. Maria

Profissão Religiosa: 14 de setembro de 1902

Ordenação: 21 de maio de 1910

Enviado: 18ª Expedição, em 09 de agosto de1 911

Falecimento: 29 de março de 1976, em Goiânia – GO, 91 anos

 

Naval, pequeno povoado da Província de Huesca, Diocese de Barbastro, na Espanha, foi o lugar de nascimento do menino Raimundo, no dia 29 de janeiro de 1885. Seus pais, Sr. Raimundo e Sra. Maria, profundamente cristãos, infundiram em Raimundo tão nobres sentimentos, sólida e profunda  educação católica que logo  frutificou, na terra fértil de sua alma a semente da vocação sacerdotal e religiosa, aos 12 anos de idade.

Chamado por Deus e a Santíssima Virgem ingressou no Seminário Menor da Congregação. Completou seus estudos de Latim e logo, em 1901, foi fazer o seu Santo Ano de Provação, o Santo Noviciado na ex-Universidade de Cervera. Em 1902, aos 14 de setembro emitiu os seus votos religiosos pela Profissão Perpétua.

Na mesma Universidade Cervariense perfez os seus estudos de Filosofia e Teologia e terminou-os em São Domingos da Calçada. Sua carreira eclesiástica desenvolveu-se normalmente, recebendo nas datas previstas as Ordens Menores, Subdiaconato e Diaconato.

Aos 21 de maio de 1910 subiu os degraus do altar, recebendo a sua Ordenação Sagrada. Após fazer o seu Ato de Preparação, hoje Ano de Pastoral, em Aranda de Duero, realizou seu ideal missionário de ir para terras de missões. Coube-lhe em sorte ser destinado ao Brasil, onde trabalhou durante sessenta e cinco anos sem que nunca tivesse voltado à pátria.

Chegou ao Brasil em 1911 fazendo parte de 18ª Expedição de Missionários Claretianos, precisamente o ano em que a Congregação enviou padres missionários ao Brasil, perfazendo o total de 10 padres e cinco irmãos missionários.

Uma das primeiras posições na Terra de Santa Cruz, foram as Missões de São José do Alto Tocantins, como Fundador das mesmas. Aí experimentou os sacrifícios verdadeiramente apostólicos, que ofereceu a Deus, pelas viagens ásperas, excesso de trabalhos, falta de descanso, inclemência do tempo e outras privações que se fizeram sentir em terras verdadeiramente de missões.

Ali e em outros lugares brilhou pela sua prudência,  sendo eleito para os principais cargos, nas Casas da Província Meridional, Superior, Mestre (Ecônomo) de Noviços, Ecônomo e assíduo em ouvir confissões.

Sobressaiu com o seu grande amor e fervor para com a Santa Igreja e para com a Congregação. Nos seus trinta anos últimos de vida, foi constante nas confissões e pode-se compará-lo com o ultimamente beatificado na Igreja, o Bem-Aventurado Leopoldo Castelnovo, com quem muito se assemelhava na estatura do corpo e plano de vida.

Os seus companheiros de estudo, pela sua saúde enfermiça, prenunciavam-lhe poucos anos de vida; contudo, o mesmo os viu descer ao sepulcro e, aos mesmos,  viveu muitos anos após sua morte.

Todos, quer os que possuíam poder civil e autoridade eclesiástica, quer as criancinhas de catecismo, o tinham como bom e benigno pai, que confirmava a coragem e ânimo deles com avisos e conselhos.

  Era devotadíssimo do Santíssimo Rosário, que levava frequentemente nas mãos – e dizem que recitava 20 ou 25 partes diariamente, pela Igreja Universal e pelos Superiores da Congregação.

  No dia 29 de janeiro de 1975, o Pe. Castillón completou 90 anos de idade. Data expressiva, porque são raros os que atingem a essa longevidade. Foi o acontecimento que levou a comunidade de Pouso Alegre a comemorar o evento. O Superior Provincial se fez presente, para levar a Pe. Raimundo a saudação oficial do Governo da Província e para expressar-lhe o carinho de ex-noviço. Por essa mesma razão se fez presente também o Ir. Jaime de Paula, amigo do Pe. Raimundo, moradores em Goiânia.

Aos 21 de maio de 1975 o Pe. Raimundo celebrou 65 anos de vida sacerdotal com grande júbilo de sua alma. Sua morte aconteceu no dia 29 de março de 1976, em Goiânia; foi grandemente deplorada. Muitos foram os que choraram pelo Pai e Mestre falecido. Morreu confortado com todos os  sacramentos. Descanse na Paz do Senhor!

 

 

[a seguir apresentamos o Necrológio que consta do livro do Padre Teófilo Gomes Sáez (Memória dos Claretianos Falecidos. Delegação Independente do Brasil Central (1954-2003), pp. 64ss]

Pe. Raimundo Castillón Pardina, CMF

Nascimento: 29 de janeiro de 1885

Localidade: Naval – Huesca – Espanha

Pais: Sr. Raimundo e Sra. Maria

Profissão Religiosa: 14 de setembro de 1902

Ordenação: 21 de maio de 1910

Falecimento: 29 de março de 1976

 

“Servus Dei”

 

A vida do bom religioso parece-se, muitas vezes, às violetas dos campos. Ele pouco se revela ao exterior; executa com discreta fidelidade seus afazeres de dia-a-dia e, sem ser vulgar, envolve-se na vulgaridade do cotidiano.

Por outro lado, o desempenho das múltiplas ocupações ordinárias e pastorais da comunidade, absorve de tal sorte a atenção de seus membros que, somente quando o alforje da morte arrebata alguém de seu seio, é que se vem descobrir a grandeza d´alma daquele irmão que partiu para a Casa do Pai e que vivia conosco, discretamente.

Coisa semelhante aconteceu, “mutatis mutantis”, com o nosso querido biografado: Pe. Raimundo Castillón Pardina, CMF.

O infante Raimundo veio ao mundo no dia 29 de janeiro de 1885, em Naval, Província de Huesca, diocese de Barbastro, Espanha.

Foram seus pais, o exemplar casal Sr. Raimundo e Sra. Maria.

Professou na Congregação Claretiana em 14 de setembro de 1902 e ordenou-se Sacerdote no dia 21 de maio de 1910. No ano seguinte, foi destinado à Provincia do Brasil.

Na trajetória de sua longa existência, Pe. Raimundo Castillón testemunhou sempre profundo amor à Santa Igreja e à nossa Congregação, a quem chamava de “Mãe Congregação”.

Alma de escol (nobre, superior), religioso humilde e desprendido, Pe. Raimundo nunca visitou seu torrão natal. Missionário fervoroso, colocou os verdes anos de sua vida sacerdotal ao serviço da evangelização na Prelazia de São José do Alto Tocantins, GO.

Pe. Castillón ocupou diversos cargos de responsabilidade, como Superior, Ecônomo, Mestre de Noviços e Vigário, mas notabilizou-se como formador. Conhecedor profundo da Congregação, soube incutir nos seus noviços o apreço à vocação, a estima para com a Congregação, o desapego às coisas mundanas, fundamentando suas conferências na vida dos santos, com os textos evangélicos e com as preciosas máximas da Imitação de Cristo. Pe. Castillón também exerceu, com edificação, espírito de fé e presteza, o ministério diário das confissões, não só dos fiéis, senão ainda de sacerdotes, religiosos e seminaristas. Cingia-lhe a fronte uma prudência serena.

Devotíssimo do Coração de Maria, rezava o rosário completo, várias vezes ao dia e, notadamente, quando se viu alquebrado pelas doenças.

No declínio de seus anos, suportou, com edificante paciência e resignação, a última enfermidade que o levou para a outra vida.

Após um mês de cruéis sofrimentos, entregou, por fim, placidamente sua santa alma a Deus, no dia 29 de março de 1976.

Roga por todos nós, santo servo de Deus, Padre Raimundo Castillón Pardina, CMF. RIP.

 

 

 

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